quinta, 12 de dezembro de 2024

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Mulheres à frente de redes de franquias fazem sucesso

Conheça seis empresárias que tocam redes franqueadoras que não estão relacionadas a atividades vistas como “algo que pertence ao universo feminino”

Parece um assunto do passado, mas não é. Em 2016, as mulheres ainda recebem salários inferiores aos dos homens – o estudo mais recente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) indica que a diferença, em um mesmo cargo chega a 30% – e, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a reversão deste quadro pode demorar ao menos 70 anos para ser alcançada. Sendo assim, empreender é uma alternativa para muitas, mesmo também não sendo fácil.

De acordo com a pesquisa da KPMG intitulada de “Mulheres empresárias: paixão, propósito e perseverança” (do inglês Women entrepreneurs: passion, purpose and perseverance), mais de 60% das empreendedoras acreditam que trabalho duro, propensão para assumir riscos, capacidade de perseverar em tempos de crise e talento para fazer contratações inteligentes são os principais motivos que levam ao sucesso profissional.

“No ambiente competitivo dos dias de hoje, nos quais as mudanças são constantes, a construção de uma empresa bem sucedida requer uma equipe resistente, uma excelência operacional e a agilidade para inovar e mudar o curso caso seja necessário”, destaca a sócia da área de People and Change da KPMG no Brasil, Patrícia Molino. “As mulheres que são bem sucedidas citam as mesmas características centrais que têm sido creditadas há muito tempo como o motivo do sucesso empresarial. As empreendedoras que incorporam essas características estão mais bem preparadas para entender e lidar com os obstáculos que encontrarão na sua jornada”, conclui a executiva.

A pesquisa aponta que dentre as maiores dificuldades encontradas na carreira estão a contratação de pessoas adequadas, a gestão de tempo, o levantamento de capital, a gestão de talentos e as respostas a pressões regulatórias.

Por isso, o TOP Franquias reuniu seis perfis de empresárias que não desistiram e hoje estão à frente de importantes redes de franquias. Conheça e motive-se.

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Mulheres à frente de redes de franquias fazem sucesso Patrícia Zocchio, da Experimento
Patrícia Zocchio, da Experimento

Patrícia Zocchio, da Experimento

Ela hoje está à frente da rede Experimento Intercâmbio Cultural, junto de duas irmãs mais novas – uma diretora de produtos e a outra diretora financeira. A história da empresa começou com a mãe delas, Marie Elisabeth Zocchio, que traz na bagagem outro importante case, o patamar ao qual elevou o tradicional colégio Pueri Domus.

Criada em 1964, a Experimento Intercâmbio Cultural é pioneira no segmento de programas de intercâmbio no exterior, mas foi nos anos 90 que aconteceu um dos grandes marcos da empresa: a chegada de Patrícia Zocchio, filha da fundadora, à direção. Desde então, ela participou ativamente da ampliação do portfólio de produtos e do início da expansão da rede para além da cidade de São Paulo.

Atualmente, são 35 unidades em todo o país e uma linha completa de produtos e serviços para uma viagem segura. “O que percebemos com o tempo é que a maioria esmagadora de nosso leque de franqueados é composta por mulheres e que, normalmente, o negócio gerido por elas apresenta melhores resultados”, revela Patrícia. “Por ser um produto de compra complexa, que exige sensibilidade e um entendimento do perfil e expectativa do cliente, as mulheres acabam se identificando mais. Isso tudo além de terem familiaridade com o tema do planejamento educacional dos filhos”, comenta.

Hoje, a direção da empresa é dividida com as irmãs Fernanda e Roberta Zocchio, ambas com experiência em negócios e educação. Para elas, o exemplo vindo de casa e o compromisso com o segmento de educação marcam a história da rede.

Mulheres à frente de redes de franquias fazem sucesso Danyelle Van Straten, da Depyl Action
Danyelle Van Straten, da Depyl Action

Danyelle Van Straten, da Depyl Action

Sua história no empreendedorismo começou em Balneário Camboriú (SC), quando sua mãe, apaixonada pelo segmento de beleza, decidiu fabricar ceras depilatórias no quintal de casa. Insatisfeita com os produtos encontrados no mercado à época, ela se empenhou em produzir uma que fosse o mais natural possível.

Dessa busca, o sonho da mãe se tornou também o sonho de Danyelle, fazendo com que juntas, depois de muitos erros e acertos, conseguiram chegar à fórmula de desejavam. Então, começaram a vender o produto para farmácias, supermercados e pequenos salões de beleza, e logo em seguida passaram a expor e vender em feiras do setor de beleza.

O negócio deu tão certo que após alguns anos abriu as portas de um mercado com enorme potencial, resultando na criação da Depyl Action, uma casa especializada em depilação, em 1996. Hoje Danyelle está à frente da rede, que já conta com 93 franquias espalhadas pelo Brasil e Venezuela. Além de sócia-direta da Depyl Action, Danyelle também é gerente da ABF (Associação Brasileira de Franchising) em Minas Gerais. “Acredito que por partilhar e trabalhar com a minha mãe, os seus sonhos passaram a fazer parte dos meus sonhos.

Com isso, todo aquele sentimento que ela tinha foi transferindo e desabrochando em mim. E não foi com grandes gestos que aprendi a amar o trabalho. Foi naquele dia em que ela chamou todos os meus amigos para ajudar a embalar a cera e como recompensa ganhamos um delicioso bolo de chocolate. Ou até quando ela saía para trabalhar por dias nas feiras de beleza e não demonstrava que aquilo era um sacrifício, mas uma missão, algo muito especial e prazeroso.

Por isso, hoje quando saio para trabalhar não digo para os meus filhos que tenho que ir. Vou trabalhar porque tenho algo muito legal para fazer, assim como ir à escola ou brincar. Ensino aos meus filhos que sou feliz fazendo o que faço, mesmo nos dias de cansaço e estresse.

Assim, eles aprendem que seja lá o que escolham fazer, que primeiro façam a opção de amar ao trabalho e serem felizes. Afinal, paixão e inovação são fundamentais na construção do sucesso”, conta.

Mulheres à frente de redes de franquias fazem sucesso Adriana Auriemo Miglorancia, da Nutty Bavarian
Adriana Auriemo Miglorancia, da Nutty Bavarian

Adriana Auriemo Miglorancia, da Nutty Bavarian

Em 1996, durante uma viagem com a família à Orlando, nos EUA, e recém-formada em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Adriana Auriemo assistia a um jogo de basquete quando sentiu um cheirinho adocicado que invadia a quadra. No intervalo da partida a brasileira foi atrás do aroma e conheceu os sabores da Nutty Bavarian.

A jovem se apaixonou por aqueles produtos e viu despertar seu lado empreendedor. Determinada a levar essa novidade para o Brasil, Adriana negociou com o executivo David Brent e conseguiu a licença para trabalhar a Nutty Bavarian com exclusividade na América do Sul.

O acordo previa a abertura de cinco pontos em cinco anos. Na temporada de inverno daquele ano, foi inaugurada a primeira unidade da marca no Brasil. Localizado em Campos do Jordão, interior de São Paulo, o quiosque foi um sucesso instantâneo e não demorou muito para ‘tropicalizar’ a linha de produtos, acrescentando castanha do Pará e macadâmia.

Ainda em 1996 foram abertas outras nove unidades. Uma curiosidade em relação à implantação da marca no Brasil é que o namorado – atual marido e diretor da rede –, Daniel Miglorancia, achou um absurdo a empreendedora largar a carreira que estava começando para vender “amendoim de luxo”.

Formado em Engenharia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – onde conheceu Adriana –, Daniel largou o emprego em pouco tempo para apostar também na Nutty Bavarian. Resultado? Hoje são 130 quiosques distribuídos em 16 estados, Distrito Federal e Estados Unidos.

Mulheres à frente de redes de franquias fazem sucesso Carla Renata Sarni, da Sorridents
Carla Renata Sarni, da Sorridents

Carla Renata Sarni, da Sorridents

Vender água e outros itens na porta da faculdade foram algumas batalhas pessoais da empresária à frente da rede Sorridents. Ela, que em 1995 finalizou o curso de Odontologia, iniciou sua carreira como dentista terceirizada em um consultório na Zona Leste de São Paulo.

Em três meses, seu empenho foi reconhecido e ela conquistou uma carteira de clientes fiéis e seguiu por conta com uma colega. Foi então que, para consolidar seu nome e atrair mais pacientes, ampliou seu território de atuação e passou a atender em regiões mais carentes da região metropolitana, como na Comunidade do Pantanal, em São Miguel Paulista, e percebeu ali um nicho rentável e social de promoção da saúde bucal a preços acessíveis.

Menos de dez anos depois de sua formação, a Sorridents já contava com 19 unidades licenciadas em operação e, em 2006, iniciou sua expansão por meio de franquias.

Hoje, com 20 anos e faturamento em torno de R$ 200 milhões por ano, conta com mais de 170 unidades em atividade em todo o país e, até 2018, a previsão é alcançar a marca de 350 clínicas. De acordo com Carla, o segredo para o sucesso foi a vontade de ajudar. “Escolhi minha profissão muito cedo e com o passar dos anos descobri que aquela escolha precoce tinha um motivo maior. Eu não estava atrás de status ou de enriquecer. Meu propósito sempre foi auxiliar as pessoas em suas necessidades, independentemente da condição financeira de cada um. Trabalhei e continuo trabalhando muito, dedico-me e amo o que faço. Acredito que o respeito ao ser humano foi a chave para o meu crescimento profissional”, explica.

Mulheres à frente de redes de franquias fazem sucesso Jeane Moura, da DNA Natural
Jeane Moura, da DNA Natural

Jeane Moura, da DNA Natural

Em 2007 a empreendedora percebeu que o mercado de alimentação saudável estava apresentando crescimento e decidiu investir. Florianópolis foi a cidade escolhida para receber a primeira loja DNA Natural, onde o sucesso foi imediato.

Com o lema “Ser saudável está no seu DNA”, em menos de um ano a segunda unidade foi aberta na Lagoa da Conceição, um dos bairros mais tradicionais da ilha. Já a terceira operação foi desenvolvida no formato de quiosque no Beiramar Shopping, um dos mais antigos e movimentados da região.

Em 2009, a empresa era constantemente procurada por empresários e franqueados em potencial com interesse em abrir unidades com o conceito de lifestyle em diferentes cantos do país. Nesse momento, Jeane Moura realizou estudos de mercado e iniciou a formatação da marca para o sistema de franchising.

A primeira franquia foi inaugurada em dezembro de 2010. A partir daí o crescimento seguiu de forma estruturada, chegando à marca de 65 unidades pelo Brasil divididas em seis formatos de negócios: Delivery, Container, Natural Express (quiosque), Natural Food (shopping), Natural Bistrô (restaurante) e Food Truck.

Mulheres à frente de redes de franquias fazem sucesso Rita Poli, da Big X Picanha
Rita Poli, da Big X Picanha

Rita Poli, da Big X Picanha

A fundadora da rede de franquias Big X Picanha, formada em Administração de Empresas, decidiu apostar no seu produto carro-chefe (lanche que leva o mesmo nome da marca) como uma estratégia para movimentar o setor de franquias de alimentação no ano 2000.

Foi assim, com o conceito de apresentar lanches de carnes nobres filetadas, que a rede começou por meio de uma loja na Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros, na capital paulista. Na época, a lanchonete recebia mais de mil clientes por final de semana.

Anos depois veio a primeira franquia, em 2007, no Shopping Tamboré. O crescimento estruturado aconteceu rapidamente: seis lojas em 2007; 22 restaurantes em 2011 e, em 2016, a empresa alcançou a marca de 50 lojas em operação em diversas regiões e shoppings da cidade de São Paulo, interior e grandes regiões metropolitanas.

Há poucos meses, a rede recebeu pela sexta vez consecutiva o Selo de Excelência em Franchising, na categoria Sênior. Para Rita Poli, receber a premiação novamente é um importante reconhecimento para a marca. “Esse reconhecimento é motivo de alegria para nós. Agradecemos aos franqueados pelas parcerias de sucesso e seguimos buscando oferecer sempre o melhor para os clientes e parceiros”, revela.

Atualmente o cardápio oferece mais de 30 opções de lanches e pratos desde o mais pedido, o Big X Picanha – batizado com o mesmo nome da rede – até os mais diversos, como o Hambúrguer Vegetariano e o Big X Camarão.




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